No dia 1 de Abril, nós, estudantes, percebemos que estamos claramente divididos em dois grupos: de um lado, a minoria que apoia a tortura, a violência e a paz sem voz, e, do outro, os que lutam, até hoje, pelo fim das ditaduras e ditadores, que acreditam num país e num mundo onde as pessoas possam dizer o que pensam e sentem, possam se manifestar, que possam exigir seus direitos – principalmente quando estes forem ignorados ou arrancados por quem, no momento, detém certo poder.
No dia 1 de Abril, conhecido como “o dia da mentira”, comemora-se ou repudiasse o Golpe Militar de 1964. Nós, estudantes de Geografia da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, o repudiamos. Dessa maneira, repudiamos também algo que sobrou da pior ditadura brasileira: a repressão física e moral a que estão submetendo os estudantes da Universidade de São Paulo – a maior universidade da América Latina,
em excelência acadêmica e criminalização do fazer política dos estudantes.
Nessa moção, deixamos nosso apoio a todos estudantes do Brasil, da América Latina e do mundo, e principalmente aos presos e perseguidos políticos da USP que ao lutarem por um mundo justo, são jogados em celas, são proibidos de estudar, tem seu direto a moradia negado. Nós, estudantes, nos orgulhamos ao ver que diante de toda repressão, diante de um “REItor” e de uma polícia não policiada, os estudantes, apesar de tudo, resistem!
Daqui, apoiamos toda forma de manifestação, e toda atitude coletiva dos estudantes para combater a política de perseguição do atual reitor, de seu partido, e da polícia militar. Apoiamos à todos os estudantes, na luta que é nossa e de todo nosso povo, e dessa forma, exigimos o fim das acusações, processos e eliminações de estudantes e funcionários da USP.
Viva a luta estudantil!
Lutaremos até que TODOS e TODAS sejamos livres!
Em assembléia, estudantes de Geografia da UNILA.
Foz do Iguaçu, 16 de abril de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário